Contos de Grimm: Contos da Infância e do Lar
Lista de contos de fadas (Página 8)
142 A montanha Simeli
Houve, uma vez, dois irmãos, um rico, chamado José e o outro pobre, chamado João. O rico não dava nada ao pobre; este vivia em grandes apuros, e procurava manter-se com a venda de cereais. Geralmente, porém, os negócios lhe corriam tão mal, que muitos dias não tinha sequer pão para a mulher e os filhos. Certo dia, quando atravessava a floresta na carroça, viu de repente uma grande montanha árida, sem nenhuma vegetação; como nunca a tivesse visto antes, deteve-se a contemplá-la, muito admirado. ELer o conto → 143 O vagamundo
Houve, uma vez, uma mulher que tinha um filho, o qual desejava, imensamente, viajar e conhecer o mundo. A mãe, porém, disse-lhe: - Como podes viajar? Somos pobres e não temos dinheiro algum que possas levar. O filho insistiu, dizendo: - Eu me arrumarei. Vou dizendo sempre: não muito, não muito, não muito. Assim, despedindo-se da mãe, foi-se embora, Perambulou durante algum tempo, dizendo sempre: não muito, não muito, não muito. Um belo dia, encontrou um grupo de pescadores ocupados no trabalho.Ler o conto → 145 O filho ingrato
Houve, uma vez, um homem que estava sentado diante da porta com a mulher. Tinham eles um frango assado e aprontavam-se para comê-lo regaladamente. Nisso, o homem viu que seu velho pai vinha chegando e, mais que depressa, tratou de esconder o prato com o frango, para não ter que o dividir com o pai. O velho entrou, bebeu um trago e retirou-se. Então o filho foi buscar o prato para levá-lo à mesa, porém quando pegou no prato, o frango assado tinha-se transformado num grande sapo, que lhe saltou noLer o conto →
147 O fogo rejuvenescedor
Naqueles bons tempos, quando Nosso Senhor ainda andava pela terra, parou uma tarde com São Pedro numa ferraria; foi muito bem recebido e deram-lhe pousada com a maior boa vontade. Ora, aconteceu que um mendigo, muito velho e alquebrado , chegou quase no mesmo momento e, entrando na ferraria, pediu uma esmola ao ferreiro. Condoído com a sua aparência, São Pedro voltou-se para Nosso Senhor e disse: - Senhor e Mestre, curai, se voz apraz, os males desse pobre homem, para que ele possa ganhar o pãoLer o conto → 148 Os animais do Senhor e os do Diabo
Deus Nosso Senhor já havia criado todos os animais e escolhera os lobos para que lhe servissem de cães; mas havia esquecido de criar o bode. Então o Diabo, querendo também criar alguma coisa, pôs toda a sua vontade e criou os bodes, com longos rabos fininhos. Geralmente, quando estes iam pastar, emaranhavam os rabos nas cercas de espinhos e o diabo era obrigado a correr e, com muito trabalho, tirá-los de apuros. Tantas vezes o fez, que por fim se irritou; agarrou os bodes, um após outro, e com uLer o conto → 150 A velha mendiga
Era uma vez uma mulher velha, mas tu tens visto de certeza uma velha ir a-implorando antes? Esta mulher pediu o mesmo, e quando ela chegou em qualquer coisa que ela disse: Que Deus o recompensará. A mendiga veio até a porta, e não pelo fogo um ladino amigável de um menino estava em pé, aquecendo-se. O menino disse gentilmente para a pobre mulher velha como ela estava tremendo, assim, ao lado da porta, Vem, mãe de idade, e aquecer-se. Ela entrou, mas ficou muito perto do fogo, de modo que seus veLer o conto → 151 Os três preguiçosos
Houve, uma vez, um rei que tinha três filhos, aos quais amava, igualmente, com a mesma ternura; por isso não sabia a qual deles nomear para sucessor quando viesse a falecer. Um dia, sentindo que a vida chegava ao fim, chamou os três para junto do leito e disse: - Tenho pensado muito em vós e há uma coisa que desejo dizer-vos: quero deixar o reino ao que dos três for mais preguiçoso, assim que eu morrer. O mais velho, então, disso: - Meu pai, o reino cabe a mim; pois sou tão preguiçoso que, se meLer o conto → 153 As moedas caídas do céu
Era uma vez uma pobre menina, cujos pais haviam morrido. Era tão pobre, que não tinha nem quarto para morar, nem caminha para dormir; nada mais possuía além da roupa do corpo e um pedacinho de pão, que uma pessoa caridosa lhe havia dado. Contudo, era a menina muito boa e piedosa. Como se achava completamente abandonada de todo o mundo, pôs-se a vaguear de cá e de lá pelos campos, confiando-se à guarda do bom Deus. No caminho, encontrou um mendigo, que lhe disse; - Pelo amor de Deus, dá-me algumaLer o conto → 156 A desperdiçada
Era uma vez uma moça muito linda, mas preguiçosa e desleixada. Quando a obrigavam a fiar, ficava tão irritada que, em vez de desfazer, pacientemente, os nós que se encontravam no linho, arrancava logo um punhado e jogava-o ao chão, todo emaranhado. Ora, tinha a moça uma criada muito laboriosa e prestimosa, que recolhia o linho posto fora, o desembaraçava e o fiava; depois mandou-a a uma tecelã, que o teceu e fez um lindo vestido. A moça desperdiçada foi pedida em casamento por um jovem distinto,Ler o conto → 157 O pardal e seus quatro filhos
Houve, uma vez, um pardal que tinha quatro filhotes, num ninho de andorinha. Suas asas mal se tinham coberto de penas e eles, temerariamente, achavam que já podiam voar; alçaram voo e foram-se, levados pelo vento, sempre direitos e sem cair. O pai ficou muito amargurado e queixava-se que os filhos o tinham abandonado, antes que ele pudesse, aconselhá-los e ensiná-los como se precaverem contra as ciladas e perigos do mundo. Assim que chegou o outono, muitos pardais se reuniram em bandos num campoLer o conto → 158 No país do Arco-da-Velha
Naqueles bons tempos em que havia abundância de coisas no país do Arco-da-Velha, passeando por lá, eu vi dependurados num fio de seda Roma e Latrão, e um homem sem pés correndo num campo, mais do que um cavalo veloz como o relâmpago; depois vi uma espada sem fio que, de um só golpe, cortou uma ponte pelo meio. E vi um pequeno asno e, quem o diria! todo de prata tinha o nariz, o qual estava perseguindo duas rápidas lebres na margem da estrada. Depois vi uma planta de tília, alta e grande, que proLer o conto →