Contos de Grimm: Contos da Infância e do Lar
Lista de contos de fadas (Página 7)
121 O príncipe sem medo
Houve, uma vez, um príncipe que, cansado de viver no palácio de seu pai sem fazer nada, e sendo ele um rapaz que não tinha medo de coisa alguma, certo dia ocorreu-lhe uma ideia: - Quero ir-me embora daqui e percorrer o mundo; assim deixarei de me aborrecer e, ao mesmo tempo, poderei ver muitas coisas interessantes. Resolvido a partir, despediu-se dos pais e saiu. Meteu-se pelo caminho afora e foi andando sempre para a frente; andou um dia inteiro, desde manhã até à noite, indiferente ao rumo daLer o conto → 122 A alface magica
Houve, uma vez, um jovem caçador que andava pela floresta à espreita de caça. Era um moço alegre e vivaz, com o coração cheio de bondade. Andava ele distraído, assobiando tranquilamente, quando deparou sentada, sobre uma folha, uma velhinha muito feia, que lhe disse: - Bom dia, meu bom caçador; tu estás alegre e satisfeito, mas eu estou morrendo de fome e de sede: dá- me uma esmolinha, por favor! Ouvindo isso, o moço condoeu-se da sorte da velhinha, meteu a mão no bolso e deu-lhe o que trazia coLer o conto → 123 A velha do bosque
Houve, uma vez, uma pobre criadinha, que viajava com seus patrões através de um grande bosque. Quando chegaram bem no meio do bosque, surgiu um bando de salteadores de dentro das moitas e mataram quantos puderam atingir. E assim morreram todos, com exceção da criadinha que, no seu pavor, tinha pulado do carro e se escondera atrás de uma árvore. Quando os salteadores se retiraram carregando a pilhagem, ela saiu do esconderijo e viu com horror a grande desgraça. Então, pôs-se a chorar amargamente,Ler o conto → 124 Os três irmãos
Houve, uma vez, um homem que tinha três filhos e não possuía outros bens, além da casa em que habitava. Cada um dos filhos desejava que o pai, ao morrer, lhe deixasse a casa em testamento e o pai, que amava todos igualmente, não sabia como proceder para não contrariar nenhum deles. Vendê-la não queria, porque a herdara de seus pais e desejava transmiti-la aos filhos. Depois de muito refletir, disse-lhes: - Meus filhos, ide por esse mundo; trate cada um de aprender um ofício e, quando regressardeLer o conto → 125 O diabo e sua avó
Houve, uma vez, um rei que estava empenhado numa grande guerra; dispunha êle de muitos soldados, mas, como era avarento, dava-lhes um sôldo tão mesquinho que não chegava sequer para viver. Então reuniram-se três soldados e combinaram fugir. Um dêles, porém, disse: - Como faremos? Se nos prenderem, enforcam-nos sem sombra de dúvidas. O segundo, mais otimista, retrucou: - Estais vendo aquêlc enorme campo de trigo? Se nos escondermos lá, ninguém nos descobrirá; o exército não pode penetrar no meioLer o conto →
126 Fernando fiel e Fernando infiel
Houve, uma vez, um homem e uma mulher que, enquanto eram muito ricos, não tinham filhos, mas, depois que se tomaram extremamente pobres, nasceu-lhes um menino. Agora, justamente porque eram muito pobres, não conseguiram arranjar padrinho para o filho. O marido então resolveu ir até povoado vizinho para ver se lá arranjava um. Ia andando pela estrada fora, quando se lhe aproximou um mendigo, que lhe perguntou para onde ia. O homem respondeu que se dirigia ao povoado vizinho a fim de arranjar um pLer o conto → 128 A fiandeira preguiçosa
Há muitos, muitos anos, vivia numa aldeia um casal. A mulher, porém, era tão preguiçosa que nunca tinha vontade de trabalhar. Se o marido mandava-a fiar, ela empregava um tempo enorme para o fazer, não acabava nunca o trabalho e, se acaso punha-se a fiar, não dobrava o fio, deixando-o todo embaraçado. Certo dia, em que o marido a censurava por isso, retrucou-lhe, dizendo: - Como queres que dobre direito o fio se não tenho a dobadoura? Seria melhor que fosses arranjar um pau e me fizesses uma! -Ler o conto → 130 Olhinho, Doisolhinhos, Trêsolhinhos
Era, uma vez, uma mulher que tinha três filhas. A mais velha chamava-se Olhinho, porque só tinha um ôlho no meio da testa; a segunda chamava-se Doisolhinhos, porque tinha dois olhos, como todo mundo; e a terceira, chamava-se Trêsolhinhos, porque tinha três olhos: o terceiro estava no meio da testa. Mas como Doisolhinhos era igual ao resto da humanidade, a mãe e as outras irmãs, detestavam-na. Por isso diziam: - Tu, com os teus dois olhos, não és nada diferente da gente vulgar! Nada tens em comumLer o conto → 131 A bela Catarina e Poldo Pif Paf
- Bom dia, Pai Valente. - Obrigado, Poldo Pif Paf. - Posso casar-me com vossa filha? - Pois não; se mamãe Leiteira, o irmão Convencido, a irmã Queijeira e a bela Catarina concordarem, podes casar. - E onde está mamãe Leiteira? - Ordenhando a vaca, como mulher ordeira! - Bom dia, mamãe Leiteira. - Obrigada, Poldo Pif Paf. - Posso casar-me com vossa filha? - Pois não; se papai Valente, o irmão Convencido, a irmã Queijeira e a bela Catarina concordarem, podes casar. - E onde está o irmão ConvencidoLer o conto → 133 Os sapatos estragados
Era uma vez um rei que tinha doze filhas, uma mais linda que a outra. As princesas dormiam todas juntas num grande salão, em camas colocadas juntinhas. Todas as noites, quando iam para a cama, o rei fechava a porta com cadeado; mas, pela manhã, quando ia abrir para que elas saíssem, o pai notou que os sapatos delas estavam gastos de tanto dançar, e ninguém conseguia saber o que se passava. Então, o rei fez uma proclamação: quem descobrisse onde as princesas iam dançar durante a noite, poderia esLer o conto → 134 Os seis criados
Em tempos muito remotos, existiu uma velha rainha, que era feiticeira e a filha dela era a criatura mais bela do mundo. A velha rainha só se preocupava em atrair os homens para prejudicá-los; todo pretendente que aparecia, ela informava-o de que, se quisesse casar com a filha, devia antes decifrar uma adivinhação; se não o conseguisse, teria de morrer. Muitos jovens, seduzidos pela beleza deslumbrante da princesa, arriscavam-se, mas nenhum conseguia acertar a adivinhação imposta; então, sem a meLer o conto → 135 A noiva branca e a noiva preta
Houve, uma vez, uma mulher que tinha uma filha e uma enteada. Certo dia, estavam as três ceifando feno no campo e delas se aproximou o bom Deus, disfarçado de mendigo, e perguntou: -- Por onde passa a estrada que vai à aldeia? -- Se queres sabê-lo, vai procurá-la! -- respondeu grosseiramente a mãe. E a filha acrescentou: -- Se receias não encontrá-la, arranja um guia. A enteada, porém, interveio dizendo: -- Vem, pobre homem, eu te conduzirei até lá; segue-me. O bom Deus, então, encolerizou-semLer o conto → 139 A donzela de Brakel
Certa vez, uma jovem de Brakel foi à capela de Santana, ao pé do Castelo dos Gigantes, e, como desejava muito casar-se, julgando que na capela não havia ninguém, pôs-se a cantar: - Oh, querida Santana, Ajuda-me a casar; Tu já o conheces, Ele mora perto do Bazar. É mesmo aquele loirinho, de olhos azuizinhos. Ajuda-me, querida Santana! Mas o sacristão estava atrás do altar e ouviu tudo; com uma voz fina e zangada, gritou: - Não o terás, não o terás! A moça, julgando que fosse a Virgem Maria meninaLer o conto → 140 As comadres
- Aonde vais? - Para Vale. - Eu para Vale, tu para Vale; sim, sim, vamos, pois. - Tens, também, um marido? Como se chama? - Tito. - Meu marido Tito, teu marido Tito; eu vou para Vale, tu vais para Vale; bem, bem, vamos juntas. - Tens, também, um filho? Como se chama teu filho? - João. - Meu filho João, teu filho João; meu marido Tito, teu marido Tito; eu vou para Vale, tu vais para Vale; bem, bem, vamos, pois, juntas. - Tens um campo? Como se chama teu campo? - Matão. - Meu campo Matão, teu campLer o conto →