Contos de Grimm: Contos da Infância e do Lar
Lista de contos de fadas (Página 5)
081 O Irmão Folgazão
Houve, em tempos muito remotos, uma grande guerra, finda a qual muitos soldados foram licenciados. Entre eles havia um, chamado Folgazão, por causa do seu permanente bom humor; na hora da baixa, recebeu apenas um pão de munição e quatro vinténs, e com isso foi andando. À beira da estrada, estava São Pedro sentado, disfarçado em pobre mendigo e, quando Folgazão se aproximou, pediu-lhe esmola. Ele, então, respondeu: - Meu caro mendigo, que posso dar-te? Sou um pobre soldado que acaba de ter baixaLer o conto → 083 João, o felizardo
João servira ao seu amo durante sete anos e, um dia, disse-lhe: - Meu amo, meu tempo de contrato esgotou-se; agora quero voltar para a casa de minha mãe; dai-me o meu ordenado. O amo respondeu: - Serviste-me fiel e honestamente; tal serviço pede igual remuneração. E deu-lhe uma barra de ouro grossa, quase como a sua cabeça. João pegou o lenço do bôlso, embrulhou o pedaço de ouro, pô-lo às costas e meteu-se a caminho, rumo à casa da mãe. Ia andando, sossegadamente, pela estrada afora, quando viuLer o conto → 085 Os filhos de ouro
Houve uma vez um homem e uma mulher muito pobres, cujo único patrimônio era uma tosca choupana e que viviam do insignificante produto da pesca de cada dia. Ora, aconteceu que, um dia, estando o pescador sentado à beira da água a lançar a rede, apanhou, de permeio a alguns peixinhos inúteis, um grande e todo de ouro. Ficou aí embasbacado a contemplá-lo, sem saber que pensar e, nisso, o peixe abriu a boca e falou: - Escuta, meu bom pescador, se me jogares novamente dentro da água, eu transformareiLer o conto →
087 O pobre e o rico
Em tempos muito remotos, quando o bom Deus ainda andava pela terra entre os homens, certa tarde, após ter caminhado muito, sentiu-se cansado e a noite o surpreendeu antes que pudesse encontrar uma estalagem. Nisso, viu lá ao longe, na estrada, duas casas: uma grande e luxuosa, outra pequena e de aspecto mesquinho; uma se defrontava com a outra de cada lado da rua. Nosso Senhor, então, pensou: Vou pernoitar na casa do rico, pois a ele não serei um peso. Dirigiu-se, pois, para a casa luxuosa e batLer o conto → 090 O jovem gigante
Houve, uma vez, um camponês que tinha um filho do tamanho de um polegar mas, ao chegar à adolescência, não tinha crescido nem uma linha mais. Certa vez, em que o camponês se dispunha a sair para o campo e arar a terra, o pimpolho chegou-se a ele e disse: - Pai, leva-me contigo! - Queres ir ao campo? - perguntou o pai, - é melhor ficares aqui; lá não ajudas nada e além disso poderias perder-te. Polegarzinho, então, pôs-se a chorar. Para que não o amolasse mais, o camponês meteu-o no bolso e levouLer o conto → 091 O gnomo
Houve, uma vez, um rei muito rico, que tinha três filhas; todos os dias elas iam passear no jardim do castelo. O rei gostava, imensamente, de árvores raras e entre elas possuia uma macieira pela qual tinha predileção. Tanto gostava dela que ninguém podia tocá-la e, se alguém ousasse comer uma de suas maçãs, ele rogava- lhe praga para que afundasse pela terra a dentro. Quando chegou o outono, as maçãs amadureceram, ficando vermelhas como sangue. As três jovens iam, diariamente, debaixo da macieirLer o conto → 093 O corvo
Houve, uma vez, uma rainha cuja filhinha pequena, ainda de colo, era impertinente até não se aguentar. Certo dia, a menina estava tão mal humorada que era impossível aturá-la; a mãe lançou meio de todos os recursos para acalmá-la, mas em vão. Querendo distraí-la, a rainha abriu a janela e, vendo alguns corvos esvoaçando em volta do castelo, disse, num assomo de impaciência: - Gostaria que fosses um corvo, pelo menos estarias voando e brincando lá com os outros e me deixarias em paz. Mal acabou dLer o conto → 094 A camponesinha sagaz
Houve, uma vez, um campônio que não possuía nem um pedaço de terra, apenas uma casinha e a filha. Esta, um dia, disse ao pai: - Deveríamos pedir ao rei que nos desse uma quadra de terra. O rei, ao saber que eram tão pobres, deu-lhes um lote que não passava de um torrão cheio de mato. Pai e filha puseram-se, com afinco, a capinar e a revolver aquela pobre terra a fim de semear algum trigo e hortaliças. Já haviam cavoucado quase todo o torrão quando acharam, semi-enterrado, um pequeno pilão de ourLer o conto → 095 O velho Hildebrand
Era uma vez viveu um camponês e sua esposa, e o pároco da aldeia tinha uma fantasia para a esposa, e tinha desejado um longo tempo para passar um dia inteiro feliz com ela. A mulher camponesa, também, estava muito disposto. Um dia, por isso, ele disse à mulher: Ouça, meu querido amigo, eu já pensou em uma maneira pela qual podemos, por uma vez passar um dia inteiro juntos e felizes. Eu vou te dizer o que; na quarta-feira, você deve levar para a cama, e informe o seu marido está doente, e se vocêLer o conto → 096 Os três passarinhos
Ha mais de mil anos, existiam em nosso país muitos reizinhos de pequenos reinos, e um deles habitava no Monte Agudo. Esse rei gostava muito de caçar e, certa vez, ao sair do castelo com os caçadores, viu ao pé da montanha três moças fazendo pastar algumas vacas; ao verem o rei com a luzida corte, a mais velha disse às outras duas, apontando para o rei; - Olá! olá, se não casar com aquele lá, não casarei com mais ninguém! A segunda moça respondeu, indicando o que vinha à direita do rei: - Olá, olLer o conto → 098 O doutor Sabetudo
Houve, uma vez, um campónio chamado Camarão. Certo dia. Camarão levou um carro puxado por uma junta de bois, cheio de lenha, à cidade, e vendeu-a a um doutor. Enquanto recebia o dinheiro, Camarão viu que o doutor estava sentado à mesa comendo e bebendo tão bem que, de todo o coração, desejou ser doutor também. Quedou-se uns instantes a olhar e, depois, perguntou se não lhe seria possível tornar-se doutor. - Oh, é muito fácil! - disse o doutor. - Que devo fazer? - perguntou o camponês. - Em primeLer o conto → 099 O espirito na garrafa
Houve, uma vez, um pobre lenhador que trabalhava de sol a sol. Assim, conseguiu economizar um pouco de dinheiro e, chamando o filho, disse-lhe: - Tu és meu único filho; o dinheiro que economizei com o amargo suor do meu rosto, quero empregá-lo na tua instrução; se aprenderes tudo bem, poderás manter- me na velhice, quando meus membros estiverem endurecidos e eu for obrigado a ficar em casa sem nada poder fazer. O jovem foi para a universidade, onde permaneceu algum tempo, aprendendo com grande aLer o conto → 100 O fuliginoso irmão do diabo
Houve, uma vez, um pobre soldado aposentado que não possuía nada, nada; nem mesmo o que comer e não sabia como se arrumar. Certo dia, foi à floresta e, após ter perambulado um pouco por lá, encontrou um anão, o qual não era outro senão o próprio diabo, que lhe perguntou: - Que tens? Parece estar muito triste! - Sinto fome, - respondeu o soldado, - e não tenho um níquel sequer. - Se quiseres empregar-te em minha casa, - disse o diabo, - e ser meu criado, terás o necessário para o resto da vida. TLer o conto →