Era uma vez um príncipe. Não sabemos nem em que tempo, nem o lugar onde esta acontece. Sabemos que ele vivia em um reino outrora equilibrado e próspero, com seu pai, o rei, sua mãe, a rainha, e toda a corte. Atras do castelo havia uma grande floresta, na qual o rei gostava muito de caçar. Mas um dia aconteceu que um de seus caçadores dela não regressou. No dia seguinte outros dois foram a sua busca, mas nenhum retornou. A partir daí a floresta foi abandonada por ser muito perigosa, e ninguém mais pôde entrar lá. Isto durou um longo tempo. Até que um certo dia apareceu um caçador desconhecido que se propôs a livrar o reino da maldição. Ele entrou na floresta com seu cão, e ambos seguiram um animal selvagem até um laguinho O caçador foi, então, buscar outros homens que, com baldes, esvaziaram o laguinho encontrando no fundo um homem selvagem, cujo corpo era marrom como o ferro enferrujado, e cujos cabelos iam até os joelhos. Eles, então, o amarraram e o levaram para o rei, que o prendeu em uma imensa jaula de ferro, a qual colocou no jardim do castelo, proibindo sob pena de morte que o libertassem. A chave da jaula o rei deu para a rainha guardar. Depois disso, qualquer um podia ir sem perigo a floresta.
O rei tinha um filho ainda criança, que estava brincando no jardim com sua bola de ouro quando, acidentalmente, ela rolou para dentro da jaula do Homem de Ferro. O príncipe, então, correu até a jaula e pediu a sua bola de volta, ao que o Homem de Ferro respondeu, "não, até que você abra a minha porta." Então o príncipe disse, "não, isto eu não posso porque meu pai proibiu." Na manhã seguinte a cena se repete tal qual a anterior. Mas na terceira manhã, o príncipe chega até a jaula, dizendo ao Homem de Ferro: "mesmo que eu quisesse, não poderia abrir a porta, pois eu não a chave." Ao que o homem selvagem respondeu "ela esta debaixo do travesseiro de sua mãe, e você pode pegá-la se quiser." Assim o príncipe, querendo muito sua bola de volta, pegou a chave e libertou o homem selvagem. Quando a porta da jaula abriu, o menino apertou o seu dedo. O Homem de Ferro, então, devolveu a bola e fugiu. Quando o menino se deu conta disso chamou o homem selvagem dizendo, "homem selvagem, não vá embora ou baterão em mim!" O homem então voltou e, colocando o menino em seus ombros, seencaminhou para a floresta a passos largos. Tão logo o rei chegou e viu a jaula vazia perguntou à rainha o que havia acontecido. A rainha, então, chamou seu filho, mas ninguém respondeu. Então o rei mandou as pessoas irem procurá-lo nos campos, mas ninguém o encontrou. Diante disso o rei imaginou o que havia acontecido, e uma grande tristeza tomou conta do reino.
Enquanto isso, o homem selvagem atingia seus antigos domínios e, colocando o menino no chão, disse-lhe: "Quanto a seu pai e sua mãe você nunca mais os verá novamente, mas eu o manterei comigo, pois você me libertou. Por isso eu tenho pena de você, e se você fizer tudo que eu disser, será bem tratado, pois eu tenho muitos tesouros e dinheiro, na verdade, mais do que qualquer um no mundo."
Esta noite o Homem de Ferro deixou o príncipe dormir em um macio leito musgo e, na manhã seguinte, o levou até um poço e disse: "Veja, esta água dourada é brilhante e clara como um cristal, por isso você deve sentar e cuidar para que nada caia nela, ou ela será desonrada. Sempre ao final do dia eu virei para ver se você obedeceu as minhas ordens." Assim o menino sentou na margem do poço, mas o seu dedo começou a doer e, para aliviar a dor, ele o colocou na água. Ele rapidamente o tirou, mas veja! o dedo estava dourado. Apesar da dor ele esfregou o dedo, mas foi em vão, pois o ouro não saiu. Quando o Homem de Ferro retornou, perguntou ao menino: "O que aconteceu ao meu poço?" - "Nada , nada," respondeu o menino, escondendo o dedo nas costas. Mas o homem disse: "você mergulhou o dedo na água, desta vez eu o perdoarei, apenas cuide para que isto não aconteça novamente."
No dia seguinte o menino reassumiu o seu posto ao nascer do sol. Mas logo seu dedo começou a doer novamente, mas desta vez ele o esfregou na cabeça, arrancando, acidentalmente, um fio de cabelo, o qual caiu na água. O menino pegou o cabelo rapidamente, mas ele havia se transformado em ouro. Mais tarde, o Homem de Ferro retornou consciente do que havia acontecido: "você deixou um fio de cabelo cair no poço," disse ele ao menino. Mas mais uma vez eu desculparei sua falta, só que, se isto acontecer novamente o poço será desonrado e você não poderá permanecer comigo."
Na terceira manhã, o menino tomou o seu lugar novamente e não moveu mais o seu dedo, apesar da dor. Entretanto, o tempo passava tão devagar, que ele sentiu vontade de ver sua face refletida na água. Mas quando ele se abaixou, o seu cabelo caiu no poço. Rapidamente ele levantou a cabeça, mas seus cabelos foram transformados em ouro e reluziam à luz do sol. Você pode imaginar o quanto assustado o pobre menino ficou! Assim, ele tomou o seu lenço e o amarrou envolta da cabeça, para que ninguém pudesse ver-lhe o cabelo. Mas assim que o Homem de Ferro retornou, falou ao menino: "desamarre seu lenço!," pois ele sabia o que havia acontecido. Então o cabelo dourado caiu sobre os ombros do rapaz, que em vão tentou se desculpar. "Você não passou na prova," disse o Homem de Ferro, "e não deve mais permanecer comigo. Vá para o mundo, e lá você verá como é a pobreza Mas porque o seu coração é inocente, e eu gosto de você, lhe garantirei um favor: quando você tiver em dificuldades venha até esta floresta, chame meu nome e eu virei ajudá-lo. Meu poder é grande e eu tenho ouro e prata em abundância."
Após ter sido reprovado nas provas a que lhe propôs o Homem de Ferro, o príncipe foi expulso da floresta e devolvido ao mundo. Mas ele não voltou para o castelo de seus pais, mas seguiu pelo mundo em busca de seu destino, viajando por estradas difíceis atrás de seu sustento. Finalmente ele encontrou trabalho na corte de um rei. Como não havia aprendido nada que fosse de útil, o cozinheiro o tomou como seu auxiliar. Ali ele tinha de catar lenha, apanhar água para o fogo e depois limpar as cinzas. Um dia nosso herói foi encarregado de levar um prato até a mesa do rei, e como não quisesse que seu cabelo dourado fosse visto, entrou na sala do trono com um boné na cabeça. "Quando você vier até a mesa real," exclamou o rei assim que viu o menino, "você deve tirar seu boné." - "Ah, sua majestade," respondeu o príncipe, "eu não devo, pois tenho uma terrível doença em minha cabeça." Então o rei chamou o cozinheiro a sua presença e o repreendeu por ter tomado tal jovem a seu serviço. Por fim, ordenou que o cozinheiro dispensasse o rapaz. Como o cozinheiro teve pena dele, trocou-o pelo menino do jardineiro.
Agora o príncipe tinha que plantar e semear, cavar e limpar o pátio, não importando o tempo, a chuva ou o vento.
Em um dia de verão ele estava trabalhando, quando tirou seu boné para refrescar a cabeça. Neste momento, o sol brilhou em seu cabelo e seu brilho foi refletido no espelho do quarto da princesa. Ela correu para ver o que tinha provocado tal reflexo, e, vendo o rapaz do jardineiro, chamou-o para lhe trazer um buque de flores. O príncipe, então, tomou um ramalhete de flores do campo e o levou à princesa. Chegando aos aposentos da princesa, ela lhe ordenou que tirasse o boné, ao que ele responde dizendo que sua cabeça é muito feia de se ver. Mesmo assim ela tirou o boné, e sua enorme cabeleira dourada lhe caiu sobre os ombros. O rapaz tentou fugir, mas a princesa o deteve e lhe deu um punhado de moedas, as quais o príncipe deu aos filhos do jardineiro, pois ele despreza dinheiro. Esta cena se repetiu mais duas vezes, entretanto a princesa não mais conseguiu lhe tirar o boné.
Em seguida, o reino entrou em guerra, e o rei reuniu todo o seu povo para lutar, pois o inimigo era muito poderoso e tinha um imenso exército. O rapaz, então, pediu um cavalo para ir à batalha, mas, sendo ainda muito pequeno, os outros não o levaram a sério e lhe deram um cavalo coxo. Assim ele foi com seu cavalo até a floresta e lá chamou pelo Homem de Ferro tão alto que as árvores ecoaram. Logo que o Homem de Ferro apareceu e perguntou o que ele queria, o príncipe respondeu, "eu desejo um cavalo forte, pois vou para uma batalha." - "Isto você terá, respondeu o homem selvagem, e até mais do que você deseja." E vindo por entre as árvores apareceu um pagem trazendo um cavalo fogoso e impetuoso. Atras do garanhão apareceram uma tropa de guerreiros, todos vestidos de ferro, com espadas que brilhavam à luz do sol. O príncipe desmontou seu cavalo coxo e montando o garanhão foi para a batalha a frente de sua tropa. Chegando lá encontrou o exército do rei quase vencido. Então o jovem príncipe caiu sobre seus inimigos como uma tempestade de granizo, exterminando-os a todos. Mas ao invés de levar sua tropa diante do rei, ele voltou à floresta e devolveu tudo ao Homem de Ferro, tomando novamente para si seu cavalo coxo e voltando para o castelo, sem que ninguém soubesse de seus feitos.
Algum tempo depois, o rei promoveu um grande festival, na expectativa de que o cavaleiro que salvara o reino aparecesse. O festival deveria durar três dias, em cada um dos quais a princesa lançaria uma maçã de ouro que seria disputada pelos cavaleiros. Diante dessa situação, o príncipe foi até o Homem de Ferro e pediu condições para que pudesse conquistar as maçãs de ouro. Assim, no primeiro dia, o Homem de Ferro vestiu o príncipe com uma armadura vermelha e lhe deu um cavalo avermelhado para montar. Logo que obteve a maçã na disputa com os outros cavaleiros, o príncipe, ao invés de se apresentar ao rei, fugiu.
No segundo dia, o Homem de Ferro vestiu o jovem como um cavaleiro branco e lhe deu de montaria um cavalo branco. Novamente, somente ele pôde obter a maçã de ouro. O rei ficou furioso quando o cavaleiro fugiu com o prêmio pela segunda vez, e proclamou que no dia seguinte, se o cavaleiro se recusasse a se apresentar, seria perseguido e morto.
No terceiro dia, o príncipe recebeu do Homem de Ferro uma armadura negra e um garanhão negro, e, novamente, conquistou a maçã quando ela foi jogada. Ele foi perseguido, e um dos perseguidores chegou tão perto que conseguiu feri-lo com a ponta da espada. Em sua fuga o cavaleiro negro deixou cair seu elmo e sua cabeleira dourada foi vista. Os cavaleiros então retornaram e contaram ao rei o que tinham visto.
No dia seguinte a princesa perguntou ao jardineiro sobre seu menino, este respondeu que o rapaz estava no festival, e que ontem à noite retornou e deu para seus filhos três maçãs de ouro que ele ganhou lá.
Quando o rei soube disto mandou que o jovem fosse trazido a sua presença, e ele apareceu como costumava andar, com seu boné na cabeça. Mas a princesa veio até ele e lhe tirou o boné, e seus cabelos dourados caíram sobre seus ombros. Ele pareceu tão bonito que todos ficaram impressionados. Então o rei perguntou, "Você é o cavaleiro que apareceu no festival usando cada dia uma cor diferente e que ganhou as três maçãs de ouro? " - "Sim," ele retrucou, "e estas são as maçãs," e assim dizendo ele tirou-as de sua bolsa e entregou-as ao rei. "Se você quiser outra prova," continuou ele, "eu lhe mostrarei o ferimento que os seus me fizeram quando eu fugia; mas eu sou também o cavaleiro que obteve a vitoria sobre seus inimigos." - "Se você pode fazer estes feitos," disse o rei, "você não é um jardineiro, diga-me, quem é seu pai?" - "Meu pai é um poderoso rei, e ouro eu tenho não só o quanto eu deseje, mas muito mais do que pode ser imaginado," disse o jovem príncipe. "Eu reconheço," disse o rei, "que estou em débito com você, posso fazer alguma coisa para demonstrar isto?" - "Sim, se você me der sua filha como esposa!," replicou o jovem. A princesa sorriu e disse: "ele não fez rodeios, eu tinha visto há muito tempo que ele não era um simples menino do jardineiro por causa de seu cabelo dourado," e com essas palavras ela se aproximou e beijou-o. Assim foi celebrado o casamento, e para ele vieram os pais do príncipe, que há muito tempo tinham dado seu filho como morto. De repente, enquanto todos estavam na festa, uma musica foi ouvida, as portas se abriram e um magnifico rei entrou, seguido de uma enorme corte. Ele se aproximou do príncipe, abraçou-o e disse: "Eu sou o Homem de Ferro, que você salvou de sua natureza selvagem, todos os tesouros que me pertencem são, daqui em diante, sua propriedade!"
Es war einmal ein König, der hatte einen großen Wald bei seinem Schloß; darin lief Wild aller Art herum. Zu einer Zeit schickte er einen Jäger hinaus, der sollte ein Reh schießen, aber er kam nicht wieder. "Vielleicht ist ihm ein Unglück zugestoßen", sagte der König und schickte den folgenden Tag zwei andere Jäger hinaus, die sollten ihn aufsuchen; aber die blieben auch weg. Da ließ er am dritten Tag alle seine Jäger kommen und sprach: "Streift durch den ganzen Wald und laßt nicht ab, bis ihr sie alle drei gefunden habt!" Aber auch von diesen kam keiner wieder heim, und von der Meute Hunde, die sie mitgenommen hatten, ließ sich keiner wieder sehen. Von der Zeit an wollte sich niemand mehr in den Wald wagen, und er lag da in tiefer Stille und Einsamkeit, und man sah nur zuweilen einen Adler oder Habicht darüber hinwegfliegen. Das dauerte viele Jahre; da meldete sich ein fremder Jäger bei dem König, suchte eine Versorgung und erbot sich, in den gefährlichen Wald zu gehen. Der König aber wollte seine Einwilligung nicht geben und sprach: "Es ist nicht geheuer darin, ich fürchte, es geht dir nicht besser als den andern, und du kommst nicht wieder heraus." Der Jäger antwortete: "Herr, ich will's auf meine Gefahr wagen; von Furcht weiß ich nichts." Der Jäger begab sich also mit seinem Hund in den Wald. Es dauerte nicht lange, so geriet der Hund einem Wild auf die Fährte und wollte hinter ihm her; kaum aber war er ein paar Schritte gelaufen, so stand er vor einem tiefen Pfuhl, konnte nicht weiter, und ein nackter Arm streckte sich aus dem Wasser, packte ihn und zog ihn hinab. Als der Jäger das sah, ging er zurück und holte drei Männer, die mußten mit Eimern kommen und das Wasser ausschöpfen. Als sie auf den Grund sehen konnten so lag da ein wilder Mann, der braun am Leib war wie rostiges Eisen und dem die Haare über das Gesicht bis zu den Knien herabhingen. Sie banden ihn mit Stricken und führten ihn fort in das Schloß. Da war große Verwunderung über den wilden Mann; der König aber ließ ihn in einen eisernen Käfig auf seinen Hof setzen und verbot bei Lebensstrafe, die Türe des Käfigs zu öffnen, und die Königin mußte den Schlüssel selbst in Verwahrung nehmen. Von nun an konnte ein jeder wieder mit Sicherheit in den Wald gehen.
Der König hatte einen Sohn von acht Jahren, der spielte einmal auf dem Hof, und bei dem Spiel fiel ihm sein goldener Ball in den Käfig. Der Knabe lief hin und sprach: "Gib mir meinen Ball heraus!" "Nicht eher", antwortete der Mann, "als bis du mir die Türe aufgemacht hast." "Nein", sagte der Knabe, "das tue ich nicht, das hat der König verboten", und lief fort. Am andern Tag kam er wieder und forderte seinen Ball. Der wilde Mann sagte: "Öffne meine Türe!" Aber der Knabe wollte nicht. Am dritten Tag war der König auf Jagd geritten, da kam der Knabe nochmals und sagte:"Wenn ich auch wollte, ich kann die Türe nicht öffnen, ich habe den Schlüssel nicht." Da sprach der wilde Mann: "Er liegt unter dem Kopfkissen deiner Mutter, da kannst du ihn holen." Der Knabe, der seinen Ball wieder haben wollte, schlug alles Bedenken in den Wind und brachte den Schlüssel herbei. Die Türe ging schwer auf, und der Knabe klemmte sich den Finger. Als sie offen war, trat der wilde Mann heraus, gab ihm den goldenen Ball und eilte hinweg. Dem Knaben war angst geworden, er schrie und rief ihm nach: "Ach, wilder Mann, gehe nicht fort, sonst bekomme ich Schläge." Der wilde Mann kehrte um, hob ihn auf, setzte ihn auf seinen Nacken und ging mit schnellen Schritten in den Wald hinein. Als der König heimkam, bemerkte er den leeren Käfig und fragte die Königin, wie das zugegangen wäre. Sie wußte nichts davon, suchte den Schlüssel, aber er war weg. Sie rief den Knaben, aber niemand antwortete. Der König schickte Leute aus, die ihn auf dem Felde suchen sollten, aber sie fanden ihn nicht. Da konnte er leicht erraten, was geschehen war, und es herrschte große Trauer an dem königlichen Hof.
Als der wilde Mann wieder in dem finstern Wald angelangt war, so setzte er den Knaben von den Schultern herab und sprach zu ihm: "Vater und Mutter siehst du nicht wieder, aber ich will dich bei mir behalten, denn du hast mich befreit, und ich habe Mitleid mit dir. Wenn du alles tust, was ich dir sage, so sollst du's gut haben. Schätze und Gold habe ich genug und mehr als jemand in der Welt. " Er machte dem Knaben ein Lager von Moos, auf dem er einschlief; und am andern Morgen führte ihn der Mann zu einem Brunnen und sprach: "Siehst du, der Goldbrunnen ist hell und klar wie Kristall, du sollst dabeisitzen und achthaben, daß nichts hineinfällt, sonst ist er verunehrt. Jeden Abend komme ich und sehe, ob du mein Gebot befolgt hast." Der Knabe setzte sich an den Rand des Brunnens, sah, wie manchmal ein goldener Fisch, manchmal eine goldene Schlange sich darin zeigte, und hatte acht, daß nichts hineinfiel. Als er so saß, schmerzte ihn einmal der Finger so heftig, daß er ihn unwillkürlich in das Wasser steckte. Er zog ihn schnell wieder heraus, sah aber, daß er ganz vergoldet war, und wie große Mühe er sich gab, das Gold wieder abzuwischen, es war alles vergeblich. Abends kam der Eisenhans zurück, sah den Knaben an und sprach: "Was ist mit dem Brunnen geschehen?" "Nichts, nichts", antwortete er und hielt den Finger auf den Rücken, daß er ihn nicht sehen sollte. Aber der Mann sagte: "Du hast den Finger in das Wasser getaucht. Diesmal mag's hingehen, aber hüte dich, daß du nicht wieder etwas hineinfallen läßt!" Am frühesten Morgen saß er schon bei dem Brunnen und bewachte ihn. Der Finger tat ihm wieder weh, und er fuhr damit über seinen Kopf, da fiel unglücklicherweise ein Haar herab in den Brunnen. Er nahm es schnell heraus, aber es war schon ganz vergoldet. Der Eisenhans kam und wußte schon, was geschehen war. "Du hast ein Haar in den Brunnen fallen lassen", sagte er, "ich will dir's noch einmal nachsehen; aber wenn's zum drittenmal geschieht, so ist der Brunnen entehrt, und du kannst nicht länger bei mir bleiben." Am dritten Tag saß der Knabe am Brunnen und bewegte den Finger nicht, wenn er ihm noch so weh tat. Aber die Zeit ward ihm lang und er betrachtete sein Angesicht, das auf dem Wasserspiegel stand. Und als er sich dabei immer mehr beugte und sich recht in die Augen sehen wollte, so fielen ihm seine langen Haare von den Schultern herab in das Wasser. Er richtete sich schnell in die Höhe, aber das ganze Haupthaar war schon vergoldet und glänzte wie eine Sonne. Ihr könnt euch denken, wie der arme Knabe erschrak. Er nahm sein Taschentuch und band es um den Kopf, damit es der Mann nicht sehen sollte. Als er kam, wußte er schon alles und sprach: "Binde das Tuch auf!" Da quollen die goldenen Haare hervor, und der Knabe mochte sich entschuldigen wie er wollte, es half ihm nichts. "Du hast die Probe nicht bestanden und kannst nicht länger hier bleiben. Geh hinaus in die Welt, da wirst du erfahren, wie die Armut tut. Aber weil du kein böses Herz hast und ich's mit dir gut meine, so will ich dir eins erlauben. Wenn du in Not gerätst, so geh zu dem Wald und rufe: 'Eisenhans!', dann will ich kommen und dir helfen. Meine Macht ist groß, größer als du denkst, und Gold und Silber habe ich im Überfluß."
Da verließ der Königssohn den Wald und ging über gebahnte und ungebahnte Wege immerzu, bis er zuletzt in eine große Stadt kam. Er suchte da Arbeit, aber er konnte keine finden und hatte auch nichts erlernt, womit er sich hätte forthelfen können. Endlich ging er in das Schloß und fragte, ob sie ihn behalten wollten. Die Hofleute wußten nicht, wozu sie ihn brauchen sollten, aber sie hatten Wohlgefallen an ihm und hießen ihn bleiben. Zuletzt nahm ihn der Koch in Dienst und sagte, er könnte Holz und Wasser tragen und die Asche zusammenkehren. Einmal, als gerade kein anderer zur Hand war, hieß ihn der Koch die Speisen zur königlichen Tafel tragen, da er aber seine goldenen Haare nicht wollte sehen lassen, so behielt er sein Hütchen auf. Dem König war so etwas noch nicht vorgekommen, und er sprach: "Wenn du zur königlichen Tafel kommst, mußt du deinen Hut abziehen!" "Ach Herr", antwortete er, "ich kann nicht, ich habe einen bösen Grind auf dem Kopf." Da ließ der König den Koch herbeirufen, schalt ihn und fragte, wie er einen solchen Jungen hätte in seinen Dienst nehmen können; er sollte ihn gleich fortjagen. Der Koch aber hatte Mitleiden mit ihm und vertauschte ihn mit dem Gärtnerjungen.
Nun mußte der Junge im Garten pflanzen und begießen hacken und graben und Wind und böses Wetter über sich ergehen lassen. Einmal im Sommer, als er allein im Garten arbeitete, war der Tag so heiß, daß er sein Hütchen abnahm und die Luft ihn kühlen sollte. Wie die Sonne auf das Haar schien, glitzte und blitzte es, daß die Strahlen in das Schlafzimmer der Königstochter fielen und sie aufsprang, um zu sehen, was da wäre. Da erblickte sie den Jungen und rief ihn an: "Junge, bring mir einen Blumenstrauß!" Er setzte in aller Eile sein Hütchen auf, brach wilde Feldblumen ab und band sie zusammen. Als er damit die Treppe hinaufstieg, begegnete ihm der Gärtner und sprach: "Wie kannst du der Königstochter einen Strauß von schlechten Blumen bringen? Geschwind hole andere und suche die schönsten und seltensten aus!" "Ach nein", antwortete der Junge, "die wilden riechen kräftiger und werden ihr besser gefallen." Als er in ihr Zimmer kam, sprach die Königstochter: "Nimm dein Hütchen ab, es ziemt sich nicht, daß du ihn vor mir aufbehältst." Er antwortete wieder: "Ich darf nicht, ich habe einen grindigen Kopf." Sie griff aber nach dem Hütchen und zog es ab, da rollten seine goldenen Haare auf die Schultern herab, daß es prächtig anzusehen war. Er wollte fortspringen, aber sie hielt ihn am Arm und gab ihm eine Handvoll Dukaten. Er ging damit fort, achtete aber des Goldes nicht, sondern er brachte es dem Gärtner und sprach: "Ich schenke es deinen Kindern, die können damit spielen." Den andern Tag rief ihm die Königstochter abermals zu, er sollte ihr einen Strauß Feldblumen bringen, und als er damit eintrat, grapste sie gleich nach seinem Hütchen und wollte es ihm wegnehmen; aber er hielt es mit beiden Händen fest. Sie gab ihm wieder eine Handvoll Dukaten, aber er wollte sie nicht behalten und gab sie dem Gärtner zum Spielwerk für seine Kinder. Den dritten Tag ging's nicht anders: Sie konnte ihm sein Hütchen nicht wegnehmen, und er wollte ihr Gold nicht.
Nicht lange danach ward das Land mit Krieg überzogen. Der König sammelte sein Volk und wußte nicht, ob er dem Feind, der übermächtig war und ein großes Heer hatte, Widerstand leisten könnte. Da sagte der Gärtnerjunge: "Ich bin herangewachsen und will mit in den Krieg ziehen; gebt mir nur ein Pferd!" Die andern lachten und sprachen: "Wenn wir fort sind, so suche dir eins; wir wollen dir eins im Stall zurücklassen." Als sie ausgezogen waren, ging er in den Stall und zog das Pferd heraus; es war an einem Fuß lahm und hickelte hunkepuus, hunkepuus. Dennoch setzte er sich auf und ritt fort nach dem dunkeln Wald. Als er an den Rand desselben gekommen war, rief er dreimal 'Eisenhans' so laut, daß es durch die Bäume schallte. Gleich darauf erschien der wilde Mann und sprach: "Was verlangst du?" "Ich verlange ein starkes Roß, denn ich will in den Krieg ziehen." "Das sollst du haben und noch mehr als du verlangst." Dann ging der wilde Mann in den Wald zurück, und es dauerte nicht lange, so kam ein Stallknecht aus dem Wald und führte ein Roß herbei, das schnaubte aus den Nüstern und war kaum zu bändigen. Und hinterher folgte eine Schar Kriegsvolk, ganz in Eisen gerüstet, und ihre Schwerter blitzten in der Sonne. Der Jüngling übergab dem Stallknecht sein dreibeiniges Pferd, bestieg das andere und ritt vor der Schar her. Als er sich dem Schlachtfeld näherte, war schon ein großer Teil von des Königs Leuten gefallen, und es fehlte nicht viel, so mußten die übrigen weichen. Da jagte der Jüngling mit seiner eisernen Schar heran, fuhr wie ein Wetter über die Feinde und schlug alles nieder, was sich ihm widersetzte. Sie wollten fliehen, aber der Jüngling saß ihnen auf dem Nacken und ließ nicht ab, bis kein Mann mehr übrig war. Statt aber zu dem König zurückzukehren, führte er seine Schar auf Umwegen wieder zu dem Wald und rief den Eisenhans heraus. "Was verlangst du?" fragte der wilde Mann. "Nimm dein Roß und deine Schar zurück und gib mir mein dreibeiniges Pferd wieder!" Es geschah alles, was er verlangte, und er ritt auf seinem dreibeinigen Pferd heim. Als der König wieder in sein Schloß kam, ging ihm seine Tochter entgegen und wünschte ihm Glück zu seinem Siege. "Ich bin es nicht, der den Sieg davongetragen hat", sprach er, "sondern ein fremder Ritter, der mir mit seiner Schar zu Hilfe kam." Die Tochter wollte wissen, wer der fremde Ritter wäre, aber der König wußte es nicht und sagte: "Er hat die Feinde verfolgt, und ich habe ihn nicht wiedergesehen." Sie erkundigte sich bei dem Gärtner nach dem Jungen; der lachte aber und sprach: "Eben ist er auf seinem dreibeinigen Pferde heimgekommen, und die andern haben gespottet und gerufen: 'Da kommt unser Hunkepuus wieder an.' Sie fragten auch: 'Hinter welcher Hecke hast du derweil gelegen und geschlafen?' Er sprach aber: 'Ich habe das Beste getan, und ohne mich wäre es schlecht gegangen.' Da ward er noch mehr ausgelacht."
Der König sprach zu seiner Tochter: "Ich will ein großes Fest ansagen lassen, das drei Tage währen soll, und du sollst einen goldenen Apfel werfen. Vielleicht kommt der Unbekannte herbei." Als das Fest verkündigt war, ging der Jüngling hinaus zu dem Wald und rief den Eisenhans. "Was verlangst du?" fragte er. "Daß ich den goldenen Apfel der Königstochter fange." "Es ist so gut, als hättest du ihn schon", sagte Eisenhans, "du sollst auch eine rote Rüstung dazu haben und auf einem stolzen Fuchs reiten." Als der Tag kam, sprengte der Jüngling heran, stellte sich unter die Ritter und ward von niemand erkannt. Die Königstochter trat hervor und warf den Rittern einen goldenen Apfel zu, aber keiner fing ihn als er allein; aber sobald er ihn hatte, jagte er davon. Am zweiten Tag hatte ihn Eisenhans als weißen Ritter ausgerüstet und ihm einen Schimmel gegeben. Abermals fing er allein den Apfel, verweilte aber keinen Augenblick, sondern jagte damit fort. Der König war bös und sprach: "Das ist nicht erlaubt, er muß vor mir erscheinen und seinen Namen nennen." Er gab den Befehl, wenn der Ritter, der den Apfel gefangen habe, sich wieder davonmachte, so sollte man ihm nachsetzen, und wenn er nicht gutwillig zurückkehrte, auf ihn hauen und stechen. Am dritten Tag erhielt er vom Eisenhans eine schwarze Rüstung und einen Rappen und fing auch wieder den Apfel. Als er aber damit fortjagte, verfolgten ihn die Leute des Königs, und einer kam ihm so nahe, daß er mit der Spitze des Schwertes ihm das Bein verwundete. Er entkam ihnen jedoch; aber sein Pferd sprang so gewaltig, daß der Helm ihm vom Kopf fiel, und sie konnten sehen, daß er goldene Haare hatte. Sie ritten zurück und meldeten dem König alles.
Am andern Tag fragte die Königstochter den Gärtner nach seinem Jungen. "Er arbeitet im Garten; der wunderliche Kauz ist auch bei dem Fest gewesen und erst gestern abend wiedergekommen; er hat auch meinen Kindern drei goldene Äpfel gezeigt, die er gewonnen hat." Der König ließ ihn vor sich fordern, und er erschien und hatte wieder sein Hütchen auf dem Kopf. Aber die Königstochter ging auf ihn zu und nahm es ihm ab, und da fielen seine goldenen Haare über die Schultern, und es war so schön, daß alle erstaunten. "Bist du der Ritter gewesen, der jeden Tag zu dem Fest gekommen ist, immer in einer andern Farbe, und der die drei goldenen Äpfel gefangen hat?" fragte der König. "Ja", antwortete er, "und da sind die Äpfel", holte sie aus seiner Tasche und reichte sie dem König. "Wenn Ihr noch mehr Beweise verlangt, so könnt Ihr die Wunde sehen, die mir Eure Leute geschlagen haben, als sie mich verfolgten. Aber ich bin auch der Ritter, der Euch zum Sieg über die Feinde verholfen hat." "Wenn du solche Taten verrichten kannst, so bist du kein Gärtnerjunge. Sage mir, wer ist dein Vater?" "Mein Vater ist ein mächtiger König, und Goldes habe ich die Fülle und soviel ich nur verlange." "Ich sehe wohl", sprach der König, "ich bin dir Dank schuldig, kann ich dir etwas zu Gefallen tun?" "Ja", antwortete er, "das könnt Ihr wohl, gebt mir Eure Tochter zur Frau." Da lachte die Jungfrau und sprach: "Der macht keine Umstände! Aber ich habe schon an seinen goldenen Haaren gesehen, daß er kein Gärtnerjunge ist", ging dann hin und küßte ihn. Zu der Vermählung kam sein Vater und seine Mutter und waren in großer Freude, denn sie hatten schon alle Hoffnung aufgegeben, ihren lieben Sohn wiederzusehen. Und als sie an der Hochzeitstafel saßen, da schwieg auf einmal die Musik, die Türen gingen auf, und ein stolzer König trat herein mit großem Gefolge. Er ging auf den Jüngling zu, umarmte ihn und sprach: "Ich bin der Eisenhans und war in einen wilden Mann verwünscht, aber du hast mich erlöst. Alle Schätze, die ich besitze, die sollen dein Eigentum sein."